Nordeste da Arte
 

 





O povo nordestino tem no sangue a presença da arte. São mãos que moldam o barro, que tocam triângulo, sanfona, que tocam rabeca, pífano, zabumba. Vejamos o que nos diz:

NORDESTE DA ARTE

Parece um grande teatro este pedaço brasileiro,
Onde a arte popular tem um lugar lisonjeiro, 
Do oleiro ao escultor, chegando até à rendeira,
Do cantor ao cordelista, temos arte de primeira.

Não há riqueza maior do que a sabedoria,
Não tem dinheiro que pague ouvir uma cantoria,
Cantada em versos e prosas por todos os repentistas,
Que contam histórias versejadas com a força de artistas.

O nordeste sempre nos lembra maracatu e caboclinhos,
Ciranda e coco de roda, todos cantados em versinhos,
Bumba meu boi e reisado, baião, xote e embolada,
Pra se dançar nos terreiros nas noites enluaradas.

Os festejos de São João estão por todo recanto,
Todo mundo se prepara para homenagear o santo,
Muita pamonha e canjica, pé-de-moleque e angu,
Estão em Campina Grande e também Caruaru.

O carnaval é grande festa, do Ceará à Bahia,
Na qual todos participam numa imensa alegria,
O homem fica sorrindo e a mulher maravilhada,
Todos vestem fantasia no galo da madrugada.

E, assim, este bom povo que é a principal riqueza,
Que tem um coração aberto como a própria natureza,
Espera, sempre, ter em vida, amor e inspiração,
Pra viver cantando a terra que do Brasil é o coração.

João Coutinho de Amorim

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