Um pouco de Coutinho

O oportal nasceu de uma brincadeira que me estimulou a aprender um pouco de alguns programas que estão a me ajudar a formatar, de maneira ainda simples, mas feitas com muito carinho, as páginas do sítio.
Vou me permitir versejar, imitando os bons poetas cordelistas, para não serem cansativas as minhas informações. Chamei os versos de

RETRATO FALADO

Limoeiro,  Estado de Pernambuco, seu município natal,
Bem pertinho de Recife cidade de grande vulto,
Nasceu no vilarejo do Cedro, uma vila ao natural,
Mas, para conhecer o mundo não precisou de indulto.

Quem será este sujeito, que a besta se meteu,
A publicar na internet  parte dos seus rabiscos,
Certamente é presunçoso, ou então enloqueceu,
Como a explosão do trovão que de lá saem coriscos.

Entrou para o seminário, quem sabe, pra ser vigário,
Mas, certamente, este não era do seu perfil o feitio,
Só pensava  em se casar, deixar de lado o rosário,
Pois namorar se transformou em seu  maior desafio.

Como diz o bom matuto, se formou e é letrado,
E todo mundo dizia: rapaz novo e já é um contador!
Foi pro Banco  do Nordeste, em Bezerros era a cidade,
Ali chegando, em pouco tempo, logo foi ser professor.

Contabilidade ministrou, bancária e também geral,
Técnicas comerciais ensinou, mostrando pros estudantes,
Que estudar é um alento  e aprender nunca fez mal,
Quem estuda sempre tem seus momentos retumbantes.

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois, atendeu a um chamado para funções assumir,
Junto ao Banco que escolheu para seguir profissão,
Pousou em muitas cidades sem deixar de persistir,
De lugarejo, em lugarejo, até chegar ao sertão.

Andando pelo nordeste, conheceu o nordestino,
E em todos seus escritos, sejam bons, sejam ruins,
Se faz presente esse homem, como coisa do divino,
E por aquele ser valente tem muita paixão e afins.

Hoje é  aposentado, e nas pastorais engajado,
E agora que já conhecem desse mistério, um pouqinho
Às vezes ele é eloqüente e muitas vezes encabulado,
Tem uma linda família e só o chamam de Coutinho.

João Coutinho de Amorim

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